Archives de catégorie : Films vus

Rodagem do Exercício 2 – Sensações a partir dos sentidos // Tournage de l’Exercice 2 – sensations à partir des différents sens

Excertos de filmes vistos nas oficinas // Films vus aux ateliers

 

RODAGEM // TOURNAGE

Visão// Vue

Tacto // Toucher

Paladar // Goût

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Excertos de filmes vistos nas oficinas // Films vus aux ateliers

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Rencontre des ateliers CCAJ à la Cinémathèque Portugais / Encontro das oficinas CCAJ na Cinemateca Portugesa – « O Espírito da Colmeia / L’Esprit de la Ruche » de Victor Erice

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Excertos vistos em sala

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Primeiras experimentações com a câmara; Premières expérimentations avec la caméra

No primeiro dia da oficina vimos o filme « Rentrée des Classes », de Jacques Rozier. Depois do filme fomos à procura de lugares para irar fotografias parecidas com os planos do filme. Encontrámos perto da escola um riacho que vai dar à Ribeira de Odivelas. Hoje quando vimos as fotografias que tirámos ficamos super contentes porque percebemos que nos lembrávamos dos planos do filme. Gostámos muito deste exercício que nos ajuda a observar melhor, a ver a luz e os enquadramentos.

Le premier jour, nous avons visionné le film Rentrée des Classes, de Jacques Rozier. Après le film, nous sommes allés chercher des endroits pour prendre des photos semblables aux plans du film. Près de l’école, nous avons trouvé un ruisseau, qui est un affluent de la Ribeira d’Odivelas. Aujourd’hui, quand nous avons vu nos photos, nous étions très contents parce que nous avons réalisé que nous nous souvenions des plans du film. Nous avons beaucoup aimé cet exercice, qui nous aide à mieux observer.

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Excertos Visionados – 21 de maio

Conversa com Guilherme, Lebi, Rita e Sofia, através do Teams, a propósito de três excertos de filmes com janelas

Conversation with Guilherme, Lebi, Rita e Sofia, through Microsoft Teams, about three excerpts of movies with windows

Excerto de How Green was my valley: Uma senhora bate com um pau no chão e o miúdo bate com o pau no tecto para saberem que estão lá. Estão os dois deitados na cama e não podem sair. Primeiro a janela está fechada e vê-se neve, é inverno e depois a janela está aberta e entram dois pássaros no quarto, é primavera. Quer dizer que eles estão ali deitados há meses.

 

From the excerpt of How Green was my Valley : A lady hits the floor with a stick and the kid hits the ceiling with his stick so they know they’re there. They’re both lying in bed and they can’t get out. First the window is closed and we see the snow, it’s winter, and then the window is open and two birds enter the room, it’s spring. It means they’ve been lying there for months.

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Excerto L’Aventura: Uma senhora está deitada e ouve-se um som que eu associei ao frio, à neve, mas quando ela abre a janela percebe-se que estamos junto ao mar, e então parece que o som diminui e ficamos a ver a imagem. Dá uma sensação de calma. Acho que é o nascer do sol, porque eles estão a dormir, mas também podia ser o pôr do sol – se a imagem fosse a cores percebia-se melhor. A mim deu-me a sensação de solidão, porque parece que estão ali sozinhos no meio do nada.

From the excerpt of L’Aventura : A lady is lying down and we hear a sound that I   associated with the cold, the snow, but when she opens the window you can see that we are by the sea, and then it seems that the sound diminishes and we keep seeing the image. It gives you a sense of calm. I think it’s the sunrise, because they’re sleeping, but it could also be the sunset – if the image was in color, you’d understand it better. It gave me the feeling of loneliness, because it feels like they’re out there all alone in the middle of nowhere.

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Excerto The Ghost and Mrs.Muir:  A janela já não é central, nos outros excertos a janela é o que é focado na imagem. Aqui a janela é importante porque é por ela que entra o som da tempestade e o fantasma. E também porque entra a luz da lua e lá dentro está escuro e ela não consegue acender a vela. Se fosse dia, um dia de sol, era uma cena muito diferente: via-se logo o fantasma. A não ser que ele fosse mesmo um fantasma e aí desaparecia.

Excerpt of The Ghost and Mrs.Muir: The window is no longer central, in the other excerpts the window is what is focused on the image. Here the window is important because it is through it that enters the sound of the storm and the ghost. And also because the moonlight comes in and it’s dark in there and she can’t light the candle. If it were day, a sunny day, it was a very different scene: you could see the ghost right away. Unless he was really a ghost and then he would disappear.

 

No primeiro excerto o que se passa dentro de casa não muda, mas lá fora muda. Para eles que não podem sair todos os dias são iguais. Eu tive um bocado esta sensação com a quarentena, perdi a noção do tempo. No outro saí para apanhar sol pela primeira vez, porque estava branca como um fantasma, e reparei que havia muito mais flores à volta do meu prédio. (Rita) Eu também perdi a noção do tempo, só sei que dia é porque olho para o canto do computador. (Lebi) Eu não, eu planifico tudo para o mês, por isso sei sempre em que dia estou. Não mudou a minha relação com o tempo e como vivo num bairro fora da cidade, não senti muita diferença na vida lá fora, as pessoas continuaram mais ou menos a fazer as mesmas coisas. (Sofia) Eu quando passo muito tempo em casa, parece que o tempo passa mais depressa, mas também tenho sempre andado muito bicicleta (Guilherme).

In the first excerpt what goes on inside the house does not change, but outside changes. For them, who cannot go out, every day are the same. I had a bit of that feeling in the quarantine, lose track of time. These days I went out to sunbath for the first time, because I was white as a ghost, and I noticed that there were many more flowers around my building. (Rita) I also lost track of time, I only know what day it is because I look in the corner of the computer. (Lebi) I don’t, I plan everything for the month, so I always know what day is. It didn’t change my relationship with time and as I live in a neighborhood outside the city, I didn’t feel much difference in life outside, people continued more or less to do the same things. (Sofia) When I spend a lot of time at home, it seems that time passes faster, but I’ve also been riding my bike a lot (Guilherme).

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Réflexions sur le bilan d’étape de Berlin

Au début du confinement nous avons demandé aux élèves de regarder les bilans d’étapes et d’étudier les sensations présentées dans le florilège et de parler des sensations que ces extraits pouvaient provoquer.

Voici le travail de Manon :

J’ai choisi deux moments du montage de Berlin, le premier moment est de 11min à 11min 40 sec. Le deuxième moment est de 12 min à 12 min 35 sec

De 11min à 11min 40 sec :

Dans cet extrait, j’observe une fille déchirant une grande feuille.

Elle entoure sa main de la tige afin de la couper cela m’a fait penser à un serpent qui s’enlace autour de toi. Quand la tige est autour de sa main ça lui coupe la circulation du sang ce qui évoque la « souffrance ».

Déchirer une feuille est désagréable au touché comme le bruit désagréable qui est là pour renforcer cette image « crispante ».

Cela me provoque un sentiment d’injustice car la feuille ne peut pas « se défendre ».

C’est le bruit désagréable de la feuille déchirée qui fait penser à ce sentiment.

Les humains ne se rendent pas compte qu’on détruit la nature en déchirant des feuilles, coupant les arbres, cela détériore la nature.

De 12 min à 12 min 35 sec :

Pendant cet extrait, j’observe un doigt qui va aller toucher 3 textures naturelles différentes à la suite : un cactus, de la pierre et une plante grasse. J’ai trouvé cela intéressant car cela ne provoque pas le même effet en les touchant.

D’abord la plante grasse, qui a l’air douce grâce à ses « poils », elle a une sorte de duvet, à première vue elle donne envie de la toucher. L‘enfant nous le confirme car sa main reste sur la plante un long moment cela signifie que la texture est agréable et douce, il découvre la plante.

Puis le cactus, quand on le regarde on n’a pas envie de s’en approcher à cause ses épines et quand le doigt le touche cela confirme nos pressentiments car l’enfant dit « AIE » et il retire à l’instant même son doigt.

Enfin, la pierre qui a un aspect lisse, l’enfant passes son doigt sur la longueur de la pierre puis sur la largeur. Cela me donne l’impression qu’il découvre cette matière rocailleuse et lisse.

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Visionamento de excertos

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Montagem do exercicio 1 e 2

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Excertos visionados – 19 de maio

Conversa com André, Laura, Leonor, Matilde e Rafael, através do Teams, a propósito de dois excertos de filmes com janelas

Conversation with André, Laura, Leonor, Matilde e Rafael, through the Microsoft Teams, about three movie excerpts with windows

 

No excerto de Morangos Silvestres (Ingmar Bergman) o senhor começa a aproximar-se de uma janela e depois de outra e olha lá para dentro. Nós deixamos de ver o senhor e ficamos a observar o casal, a mulher ao piano, o homem que a beija… Depois essa imagem https://blogs.cinema-cent-ans-de-jeunesse.org/100ans20192020/files/2020/05/morangos1.png 1280w, https://blogs.cinema-cent-ans-de-jeunesse.org/100ans20192020/files/2020/05/morangos1-300x188.png 300w, https://blogs.cinema-cent-ans-de-jeunesse.org/100ans20192020/files/2020/05/morangos1-768x480.png 768w, https://blogs.cinema-cent-ans-de-jeunesse.org/100ans20192020/files/2020/05/morangos1-1024x640.png 1024wdesvanece-se, passamos a ver a janela e as nuvens reflectidas. Ele está do lado de fora. O olhar do senhor é nostálgico, um pouco triste, percebe-se que ele sente falta daquilo que está a ver. Eu acho que o que ele estava a ver é uma memória: dá a sensação que está a ver uma coisa que já se passou.

In the excerpt from Wild Strawberries (Ingmar Bergman) a man starts to approach one window and then another and look inside. We stop seeing the man and watch the couple, the woman at the piano, the man kissing her… Then this image fades, we start to see the window and the reflected clouds. He is outside. The man’s gaze is nostalgic, a little sad, you can tell he misses what he’s seeing. I think what he was seeing is a memory: it feels like he’s seeing something that’s already happened.

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No excerto de All that heavens allow (Douglas Sirk), o homem acorda atordoado e percebe-se que aconteceu alguma coisa e que ele está a voltar a um sítio seguro. Ela está à janela a olhar para o veado, e não o estranha, como se estivesse à espera de o ver. O veado é um elemento da situação. Mas um veado é um animal selvagem, se fosse um gato, ou outro animal doméstico, diria que ele voltou a casa, mas aqui é como se o veado fosse testemunha daquela história e agora que está tudo bem ele pode-se ir embora (é esse o último plano do filme).

In the excerpt from All that heavens allow (Douglas Sirk), the man wakes up stunned and realizes that something has happened and that he is returning to a safe place. She is at the window looking at the deer, and is not suprised, as if she were waiting to see him. The deer is an element of the situation. But a deer is a wild animal, if it were a cat, or another domestic animal, I would say he came home, but here it is as if the deer were witness to that story and now that it is all right he can go away (that is the last shot of the film).

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